- Interoperabilidade: a capacidade dos sistemas ciber-físicos (máquinas, estações de montagem e produtos) e dos humanos de se comunicarem entre si por meio da Internet das Coisas e da Computação em Nuvem.
- Virtualização: simulações virtuais do ambiente industrial são criadas por sensores de dados interconectados, permitindo rastrear e monitorar remotamente todos os processos físicos da fábrica.
- Descentralização: por meio dos sistemas ciber-físicos, as máquinas conseguem tomar decisões sem intercessão humana e em conformidade com as necessidades de produção.
- Capacidade em Tempo-Real: consiste em coletar dados, analisá-los e entregar insights dessas análises de forma instantânea.
- Orientação a Serviço: disponibilização dos serviços (dos sistemas ciber-físicos, humanos ou das Fábricas Inteligentes) através da Computação em Nuvem.
- Modularidade: capacidade de adaptar a produção flexivelmente conforme a expansão, reposição, retirada ou mutação de módulos.
O que é Automação Industrial?
Já reparou que estamos vivendo em uma época onde é grande a necessidade de renovação? Seja dentro ou fora de uma empresa, gerir a inovação é uma das chaves que podem garantir o sucesso de uma companhia nos dias de hoje.
É neste momento que surge a dúvida: como alcançar a inovação se nós não temos os indicadores corretos e necessários para sabermos a hora de melhorar os processos? Bom, é por isso que precisamos da automação industrial.
A automação industrial, consequentemente, fez com que o mundo passasse a ter excelentes (e, claro, mensuráveis!) resultados nas linhas de produção industrial, além de encontrar meios de resolver os problemas que antes ficavam insolucionáveis.
No entanto, pequenos e médios empresários – em especial aqui no Brasil – devido às dificuldades tecnológicas e altos custos de importação, ainda se encontraram em uma encruzilhada.
Por isso, se você está em dúvidas sobre como funciona este processo, bem como outras dúvidas gerais, este artigo foi feito para mostrar os benefícios da automação industrial e como aplicá-los em uma empresa. Acompanhe!
A definição da automação industrial
Agora que você chegou até aqui, nós vamos te explicar, primeiramente, a definição técnica do que é a automação industrial. Ela consiste, basicamente, em um conjunto de técnicas e equipamentos destinados à melhoria nos processos produtivos dentro de uma indústria.
Normalmente, os sistemas de controle que compõem um equipamento automatizado são compostos por um grupo de dispositivos eletrônicos e componentes, onde o principal objetivo é proporcionar estabilidade, precisão e eliminar transições prejudiciais em processos produtivos.
Os sistemas de automação industrial podem ter diferentes formas de implementação, variando desde as fontes de energia até os equipamentos em si onde, neste sentido, tem como principal característica é a progressiva substituição da mão de obra humana por máquinas ou robôs com intuito de minimizar os custos de produção, além de tornar o processo mais ágil.
A aplicação da automação industrial em geral está relacionada as áreas de indústria em diversos segmentos, passando pela automobilística, química, mineração, alimentos e demais áreas que adotam um modelo de produção em série. A utilização dessas máquinas permite que os custos sejam reduzidos e a qualidade dos produtos seja mais padronizada.
O controle e integração dos processos internos é outro fator importante que a automação industrial proporciona a possibilidade de extrair resultados em tempo real, permite um maior controle sobre a necessidade de produção, controle de entrada e saída de insumos e realizar amostragens para comprovar a qualidade dos produtos com uma alta taxa de confiabilidade como, por exemplo, em linhas de produção de alimentos ou produtos farmacêuticos.
A parte mais visível da automação, atualmente, está ligada à robótica, mas também é utilizada nas indústrias química, petroquímicas e farmacêuticas, com o uso de transmissores de pressão, vazão, temperatura e outras variáveis necessárias para um SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuido) ou CLP (Controlador Lógico Programável). A Automação Industrial visa, principalmente, a produtividade, qualidade e segurança em um processo.
A evolução da automação
Não é tão fácil apontar o advento da Automação industrial, no entanto, etimologicamente falando, para que haja automação industrial é, antes de tudo, preciso que haja indústria, e ainda processos automáticos autocontroláveis. Portanto, pode-se marcar como início da Automação Industrial o século XVIII, com a criação inglesa da máquina a vapor, aumentando a produção de artigos manufaturados, e estas foram às décadas da Revolução Industrial.
No século seguinte a indústria cresceu e tomou forma, novas fontes de energia e a substituição do ferro pelo aço impulsionaram o desenvolvimento das indústrias na Europa e EUA. Neste contexto, nos anos que seguiram, foram criados dispositivos mecânicos chamados relés, que em breve tomariam as fabricas.
Os primeiros sistemas de automação foram idealizados no fim do século XIX quando o mundo presenciava a revolução industrial. Nessa época, as tarefas manuais passaram a ser realizadas por maquinários adaptados, que tinham a finalidade de aumentar a eficiência produtiva. As ações eram controladas através de peças mecânicas, que “automatizavam” as etapas mais repetitivas do trabalho.
Mais tarde, essas peças foram substituídas por dispositivos que operavam por meio de relés e contatores, possibilitando uma automação mais complexa e sofisticada em linhas de montagem.
Foi somente depois da segunda guerra mundial, que surgiram as primeiras máquinas por comando numérico e os sistemas de controle para processos. Nessa época, também foram criados os circuitos integrados analógicos, que deram origem a uma nova geração de sistemas automatizados.
Com o passar dos anos e a chegada da década de 1970, os primeiros computadores comerciais foram empregados para controlar grandes sistemas de automação. Devido à dificuldade de programação e aos altos custos de manutenção, esses computadores foram posteriormente substituídos pelo Controlador Lógico Programável, uma máquina muito mais avançada e projetada especialmente para processos industriais.
Na década de 1990, a tecnologia já havia evoluído o suficiente para conceber circuitos e computadores com alta capacidade de processamento. Assim, os sistemas de automação se tornavam mais eficientes, velozes e confiáveis, possibilitando produções de maior escala com redução de custos, otimização de espaços e aumento da confiabilidade e segurança técnica.
A pirâmide da automação industrial
Mesmo com tantas explicações sobre o que é e para que serve a automação industrial, bem como os seus sistemas, nem sempre temos a noção exata sobre a sua imensidão e até onde já chegamos em relação aos seus conceitos, técnicas e aplicações.
Devido a essa imensidão de assuntos e abordagens, você sabia que podemos colocar a automação industrial em uma espécie de pirâmide? isso mesmo. Quando falamos de pirâmide da automação industrial estamos falando de um diagrama que representa, de forma hierárquica, os diferentes níveis de controle e trabalho em automação industrial através de cinco níveis.
Essa, então, chamada “pirâmide da automação industrial” apresenta os diferentes níveis de controle de automação industrial, desde os equipamentos e dispositivos em campo até o gerenciamento corporativo da empresa.
Está com dúvidas sobre o que nós estamos falando? Calma, que a gente te explica. Veja abaixo a descrição de cada um destes níveis:
Nível 1 – Aquisição de Dados e Controle Manual: O primeiro nível é majoritariamente composto por dispositivos de campo. Atuadores, sensores, transmissores e outros componentes presentes na planta compõem este nível.
Nível 2 – Controle Individual: O segundo nível compreende equipamentos que realizam o controle automatizado das atividades da planta. Aqui se encontram CLP’s (Controlador Lógico Programável), SDCD’s (Sistema Digital de Controle Distribuído) e relés.
Nível 3 – Controle de Célula, Supervisão e Otimização do Processo: O terceiro nível destina-se a supervisão dos processos executados por uma determinada célula de trabalho em uma planta. Na maioria dos casos, também obtém suporte de um banco de dados com todas as informações relativas ao processo.
Nível 4 – Controle Fabril Total, Produção e Programação: O quarto nível é responsável pela parte de programação e também do planejamento da produção. Auxilia tanto no controle de processos industriais quanto também na logística de suprimentos. Podemos encontrar o termo Gerenciamento da Planta para este nível.
Nível 5 – Planejamento Estratégico e Gerenciamento Corporativo: O quinto e último nível da pirâmide da automação industrial se encarrega da administração dos recursos da empresa. Neste nível encontram-se softwares para gestão de venda, gestão financeira e BI (Business Intelligence) para ajudar na tomada de decisões que afetam a empresa como um todo.
Está vendo? Neste diagrama foi demonstrado como é feito um esquema de automação industrial, onde a pirâmide tenta organizar os diferentes níveis de controle existentes através da divisão em cinco níveis hierárquicos. Os níveis mais baixos estão diretamente relacionados com os equipamentos utilizados em campo, enquanto os níveis superiores tratam do gerenciamento dos processos, da planta e da empresa.
A automação industrial nos dias atuais
Nos dias de hoje, podemos dizer que a automação industrial, bem como seus sistemas, estão embasados na projeção de sistemas que controlam processos materiais e gerenciam as tomadas de decisões de forma totalmente descentralizada.
Isso quer dizer que, com a internet das coisas e a rapidez nas trocas de informação, esses sistemas ganharam a habilidade de “dialogar” com diversas máquinas simultaneamente e enviar informações em tempo real para gestores e supervisores.
Mas, em contrapartida, os sistemas mecânicos e eletrônicos mais simples ainda não foram abandonados, pois existem processos em que a mão de obra humana se faz fundamental à qualidade do produto. Além disso, sistemas ciber-físicos apresentam custo mais elevado, o que, às vezes, impossibilita sua implantação.
Podemos dizer mais precisamente, que a automação industrial nos tempos atuais, os quais estamos inseridos, é focada nos seguintes princípios:
Ótima postagem, bem esclarecedora. A automação industrial impulsionou a otimização de processos e proporcionou uma maior dinâmica na competitividade, acelerando a inovação.
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Conteúdo muito bom, gostei.