Hoje em dia, no mercado, não é raro encontrarmos gestores de empresas que não leem os dados da conta de energia. Mas o que muitos não sabem, é que o primeiro passo para racionalização do uso desta, é justamente a análise dessas contas com base nos ajustes de tarifas e no aumento das multas cobradas pelas concessionárias.
Ainda assim, todos sabemos que economizar energia e ainda manter ou melhorar o processo produtivo das empresas são processos complicados e requerem muita dedicação por parte dos responsáveis.
É por isso que há uma certa necessidade de supervisão em tempo real do fluxo de energia/ Somente com dados relacionados a estes fluxos, os gestores conseguem controlar o consumo geral da organização, a fim de avaliar com que eficiência a energia elétrica está sendo usada, minimizar desperdícios e evitar o pagamento de multas. Devido ao sistema de gerenciamento, eles podem ver uma série de gráficos relacionados à utilização de energia elétrica, que lhes dão subsídios suficientes para continuarem sua busca pela eficiência energética.
Visando implementar medidas energéticas eficazes, otimizar investimentos de capital, evitar custos adicionais em suas contas de energia e se beneficiar de tarifas menores, muitas organizações têm mostrado um grande interesse por adquirir tecnologias que as auxiliem a gerenciar sua energia elétrica.
Quer entender um pouco mais sobre gerenciador de energia, bem como seus sistemas? Então, leia nossa postagem a seguir e conheça a real importância do sistema de gerenciamento de energia elétrica e utilidades e como ele pode trazer inúmeros benefícios para sua empresa. Acompanhe!
O que é um gerenciador de energia?
Em linhas gerais, o gerenciador de energia é um equipamento dedicado à supervisão do uso de energia elétrica em unidades consumidoras faturadas através de medidores digitais padrão concessionária.
Sendo assim, podemos dizer que suas principais aplicações giram em torno de alguns itens, entre eles:
Monitoração do uso de energia elétrica em tempo real
Controle de demanda com “setpoints” independentes para os postos horários ponta e fora de ponta
Controle do fator de potência durante o posto horário fora de ponta capacitivo (desligamento de banco de capacitores durante as madrugadas)
Acompanhamento, verificação e validação dos processos de medição e faturamento da concessionária
Determinação e manutenção do melhor contrato de fornecimento junto à concessionária (enquadramento tarifário)
Eliminação das penalizações (multas) por ultrapassagem de demanda e por excedente de reativos
Registro histórico do perfil de consumo da instalação e das interrupções no fornecimento da concessionária
Sincronização da geração própria com o faturamento da concessionária (geração no horário de ponta)
Previsão financeira da próxima fatura de energia elétrica
Gerenciador de energia e a eficiência energética nas indústrias
Agora, você deve estar se perguntando como é a atuação do gerenciador de energia nas indústrias, bem como a eficiência energética. Certo?
Bom, vamos explicar o contexto e o funcionamento de tudo.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor industrial é responsável pelo consumo de 41% da energia elétrica do Brasil, ao passo que cerca de 537 mil unidades estão em funcionamento no país. Nesse sentido, a relação intensa entre as indústrias e o consumo da energia elétrica é evidente. Isso ilustra a importância de um projeto de eficiência energética para indústrias.
Isso quer dizer que, à medida que o consumo de energia elétrica aumenta, um maior suprimento de energia nas atividades deve ser considerado. Para isso, investimentos em geração, distribuição e transmissão devem ser realizados, de forma que a demanda industrial seja atendida com confiabilidade.
Devido a esse fato, a implantação e incentivos à programa, projetos e produtos de uso eficiente da energia devem ser estimulados pelo país, uma vez que os desafios no setor energético crescem gradativamente no Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pela CNI com 2876 empresas , em 2015, 52% tomaram medidas contra o aumento da tarifa da energia elétrica, de forma que 7 entre 10 firmas adotaram a eficiência energética como alternativa para redução do efeitos do acréscimo na conta.
No que diz respeito à eficiência energética, segundo um estudo realizado pelo Conselho Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em inglês), o Brasil está em 15º lugar entre as dezesseis maiores economia do mundo. No ranking, o qual tem a Alemanha como o país mais eficiente no âmbito mundial, o pior desempenho brasileiro foi na indústria, recebendo apenas 2 dentre os 25 pontos possíveis.
Também podemos mencionar o rateio de energia. Com a constante necessidade de controle sobre os custos de energia, que na maioria das indústrias está entre os maiores custos, o sistema de gerenciamento de energia por setores da industrial, se tornou uma ferramenta gerencial fundamental.
Por isso que em indústrias, cada vez mais está sendo aplicado o sistema de gerenciamento e rateio de energia, como parte integrante dos “prédios inteligentes”. É por isso que o gerenciador de energia também traz soluções de projeto, implantação da rede de comunicação (cabo ou wireless), medidores para o rateio, software de gerenciamento e treinamento para aplicação.
O gerenciamento de energia no Brasil e seu funcionamento na prática
Você já deve ter reparado que no Brasil, pelo menos nos últimos anos, o custo da energia elétrica aumentou consideravelmente. Junto com ela, a escassez de recursos não renováveis e o crescente apelo ambiental foram determinantes para a adoção de ações de gerenciamento energético pelas empresas.
Mas cada um teve um peso diferente no processo, sabia?
Isso porque a adoção do conceito de gerenciamento de energia, bem como suas medidas otimizadoras, ainda é muito recente no país. Tendo em vista que, desde a sua invenção, a energia elétrica permitiu o rápido desenvolvimento de países, ela também tornou a vida mais fácil.
Porém, como tudo que se desenvolve rapidamente, as coisas começaram a mudar: o consumo de energia aumentou sua produção cresceu, mas não o suficiente para acompanhar a demanda por crescimento industrial e populacional. E diversos problemas começaram a surgir, precisando ser administrados para garantir um consumo seguro da energia. Os recursos começaram a se escassear, os preços aumentaram e o consumo precisou ser controlado. Em pouco mais de um século, o mundo viu a ascensão e a crise do nosso modelo elétrico, baseado em fontes energéticas não renováveis e, portanto, limitadas.
E como nós podemos enxergar isso?
Bom, fica especialmente mais claro durante os períodos críticos pelos quais já passamos, como o racionamento de energia de 2001 no Brasil; as crises energéticas da Argentina em 2004 e 2007; e agora, em 2010, quando a África do Sul, sede da Copa do Mundo da Fifa, sofreu a possibilidade de vivenciar um apagão energético durante o mundial de futebol.
Sem o planejamento energético, o monitoramento de consumo, a consciência de uso e o gerenciamento da energia a ser consumida, é mais difícil garantir que todos poderão utilizar a energia elétrica para sempre em suas necessidades cotidianas.
É por esta razão queas crises e os altos custos da energia, juntamente à crescente preocupação ambiental e mobilização em torno da sustentação do planeta, contribuíram para o desenvolvimento e a aceleração da adoção de ações de gerenciamento de energia, em especial, em empresas e indústrias.
Então, quando o conceito e processos de gerenciamento de energia, começam a se tornar viáveis?
Os processos de gerenciamento de energia foram facilitados com a difusão da informática e da eletrônica. Fazer o acompanhamento do consumo e obter as estimativas de redução tornaram-se ações mais simples com o uso de programas de computadores e sistemas sem fio.
Isso quer dizer que, antes, eram utilizados grandes analisadores de energia, com tamanhos de um metro por um metro, muito diferentes dos portáteis de hoje em dia.
Esses analisadores eram grandes sistemas de monitoramento de energia, caros, que demoravam cerca de três dias para fazer a análise do evento. Além disso, o equipamento não podia ficar muito tempo fazendo a leitura porque ele tinha uma memória interna muito pequena.
Nesse período, como estes produtos não tinham acesso à internet, o processo era lento e nunca em tempo real. Hoje, ao contrário, é usado um pequeno analisador que é plugado no leitor da concessionária de energia e pode-se acompanhar a leitura remotamente pela internet.
Isso quer dizer que as empresas se beneficiam, então, do gerenciamento de energia?
Sim, podemos dizer que a três principais ações em que o gerenciamento de energia ajuda as empresas, independentemente do porte dela giram em torno: do gerenciamento propriamente dito, ou seja, na melhor forma de usar o insumo de uma maneira não tão cara para o cliente; da administração do consumo, por exemplo, já que o sistema faz o monitoramento em espaços de tempos predeterminados, como de 15 em 15 minutos, então, dá amostragens por período de tempo; e pode acompanhar e identificar o mau uso de equipamentos por funcionários e colaboradores.
O gerenciamento de energia pode ajudar a adequar a empresa em um perfil de tarifa, conforme seu consumo. Por exemplo, a Aneel define tipos de tarifas e categorias de acordo com a necessidade de cada consumidor. Existem dois grupos básicos de consumidores, os do Grupo B, também conhecidos como secundários, que recebem o fornecimento monofásico, na faixa de 5 kVA a 37,5 kVA, e por redes trifásicas, de 15 kVA a 75 kVA; os do Grupo A, que são atendidos por redes trifásicas, com transformadores de 112,5 kVA a 1000 kVA, sob tensão acima de 2,3 kV; e cinco tipos de tarifas
Neste contexto, um sistema de gerenciamento de energia para uma empresa ou indústria pode identificar que determinada empresa deve sofrer uma mudança tarifária, de acordo com a sua necessidade e seu consumo e, assim, garantir mais economia financeira e menos desperdício de energia.
Isso porque quando um novo consumidor de média tensão pede uma ligação de energia à concessionária, se não tiver muito conhecimento, pode ser enquadrado em uma categoria que não é a mais adequada ao seu perfil e acabar pagando preços mais altos.
Os disjuntores e o gerenciador de energia: entendendo seus conceitos
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a importância do gerenciamento de energia, além de práticas para que ele seja feito corretamente, sem afetar a eficiência energética, o próximo passo é entender como funciona, de fato, o gerenciador de energia, bem como os disjuntores com a mesma finalidade.
Vamos lá?
Sistemas de medição e gerenciamento de energia permitem que o cliente tenha conhecimento e controle do seu consumo de energia. Em empresas onde o consumo de energia tem um peso relevante no custo de produção, este gerenciamento pode gerar economias muito significativas.
Em geral, um sistema é composto por medidores, softwares, e periféricos. Os medidores coletam os dados de energia e/ou consumo e permitem o acesso e verificação por meio remoto. Há vários tipos de medidores, e a Schneider certamente possui um modelo adequado à sua necessidade.
O mesmo acontece com os softwares. Possuímos, no mercado, plataformas diversas, para vários tipos de necessidade. Com eles, é possível utilizar estes dados, conjugados com informações de produção, para geração de indicadores (KPIs), alarmes, dashboards, gráficos, relatórios e outras facilidades que podem ser adaptadas às necessidades do cliente.
Entre os benefícios e as facilidades da utilização de um gerenciador de energia, podemos destacar:
Reduzir despesas de energia
Melhorar a confiabilidade e o tempo de vida dos ativos de energia
Monitorar a utilização do equipamento para otimizar o gerenciamento de sua instalação elétrica e melhorar produtividade
Prevenção de problemas na sua instalação elétrica
Verificação de faturas, rateio de custos e sub-medição
Análise de eficiência, perdas e capacidade
Monitoramento e auditoria da qualidade da energia
Notificação e diagnóstico de problemas
Controle da demanda e do fator de potência
Controle de cargas, geradores ou outros equipamentos
O que levar em consideração para adquirir um gerenciador de energia?
Está vendo como as facilidades de um gerenciador de energia podem ajudar a sua indústria? Mas, calma… isso ainda não é tudo. Você ainda pode estar se perguntando porque adquirir um gerenciador de energia e, por esta razão, nós iremos te explicar.
Veja alguns dos motivos para ter um gerenciador de energia na sua indústria e, ao mesmo tempo, investir em eficiência energética.
Perdas nas Instalações Elétricas
O sistema elétrico de uma indústria pode ser distribuído de diversas maneiras, de modo que seja escolhido e organizado em função de uma série de questões, evitando fugas de corrente e com emendas feitas corretamente, além de respeitar o equilíbrio de fases.
Motores elétricos
No mercado, existem motores com um alto rendimento, que reduzem as perdas de energia, sendo esses mais caros que os modelos antigos. Entretanto, a longo prazo, o uso desse tipo motor pode se tornar rentável, uma vez que a massa do material ativo, cobre e chapas metálicas principalmente, foi aumentada, reduzindo as perdas, por exemplo.
Transformadores
Caso os transformadores não estiverem funcionando em uma faixa desejável de sua potência nominal, um rendimento útil não é obtido. Além disso, entre outras questões ligadas aos transformadores, é importante ressaltar que, quando estão mantidos sob tensão, não fornecem potência, de modo que as perdas no cobre tendem a ser nulas. Entretanto, nessas situações, acabam ocorrendo perdas no ferro, na maioria das vezes.
Sistemas de Iluminação
Na definição, o sistema de iluminação abrange todos os componentes necessários para atender a demanda da iluminação. Posto isso, o bom desempenho de tal sistema está associado aos cuidados no início do projeto elétrico, por exemplo, de forma que envolva informações relevantes sobre luminárias e perfil de utilização, assim garantindo a eficiência energética para indústrias.
Fornos Elétricos e Estufas
Os fornos elétricos e as estufas são equipamentos que consomem uma quantidade expressiva de energia durante o processo de aquecimento nas instalações industriais. Por mais que sejam considerados máquinas eficientes, algumas perdas significativas costumam ser observadas no carregamento e transporte do material aquecido, além das operações de aquecimento e fusão.
Ar-Condicionado e Ventilação
O uso indevido do ar-condicionado é extremamente relevante na perda de energia elétrica. Sendo assim, utilizá-lo nas faixas de temperaturas apropriadas para o ambiente e instalar cortinas de ar são algumas medidas importante para evitar o desperdício no dia-a-dia. Além disso, é válido ressaltar que, na operação de compressores e chillers, por exemplo, a utilização à plena carga é indicada, em vez duas ou mais máquinas com carga parcial.
Sistema de Ar Comprimido
A existência de compressores vazamentos internos é frequente, ao passo que isso acontece devido ao desgaste excessivo em anéis de segmento ou nas válvulas, consumindo mais energia, além de produzir menores quantidades de ar que a capacidade nominal do próprio compressor.
Além disso, no que diz respeito à distribuição e utilização do gás, é importante verificar se está havendo perda de pressão entre os reservatórios e os pontos de uso dos fluidos. Esses são apenas alguns exemplos dentre as inúmeras ações para aprimorar a eficiência do sistema de ar comprimido, de acordo com a especificidade do caso.
Sistema de Refrigeração
Manter o isolamento térmico das tubulações de líquido e gás é importante para evitar a troca de calor entre o meio interno com o externo, sobretudo, por exemplo, em câmaras frigoríficas e chillers, a fim de reduzir o gasto indevido de energia nesses tipos de atividade.
Bombeamento de Água
Antes de tudo, é primordial que o conjunto motor-bomba presente no ambiente industrial é adequado, ou seja, se possui a altura manométrica e a vazão requerida. Essa relação é muito importante, pois essas variáveis estão diretamente relacionadas entre si e, consequentemente, com a potência da bomba.
Elevadores e Escadas Rolantes
Nos horários de pico, não é necessário que todos os elevadores sejam utilizados simultaneamente e, além disso, controladores de tráfego são essenciais, a fim de evitar que dois elevadores sejam deslocados após uma chamada. Entre outros exemplos relacionados com tal situação, também é válido destacar a necessidade de evitar sobrecargas, de modo que não haja risco de uso desnecessário de energia e riscos para a estrutura.
Fator de Potência (FP)
Caracterizado como a medida de eficiência de uma determinada instalação elétrica, o fator de potência mostra qual é a porcentagem da potência total que está sendo aproveitada no sistema elétrico.
De acordo com a legislação brasileira, o FP mínimo admitido é 0,92, e assim, caso o fator do consumidor esteja menor, a concessionária da região fica responsável por aplicar multas. Algumas maneiras de corrigir o fator de potência são: instalações de capacitores em pontos primordiais dos circuitos alimentadores.
Dentre as principais causas de um Fator de Potência baixo, destacam-se:
Lâmpadas de descarga (fluorescentes, vapor de mercúrio e vapor de sódio) ao utilizar reatores de forma inadequada, ou seja, que são de baixo fator de potência;
Transformadores que operam sem carga ou com carga muito baixa;
Grande quantidade de motores de pequena potência.
Automação em prol do controle e consumo energético
O mercado de automação está em uma fase nova, pois as tecnologias passaram a agregar mais do que estilo, conveniência e conforto, possibilitando também o uso consciente e a economia dos recursos.
As pessoas valorizam tecnologia em seus equipamentos pessoais, em seus automóveis e, consequentemente, também desejam uma casa mais inteligente. Hoje as pessoas conseguem monitorar a energia consumida em ambientes ou aparelhos eletrodomésticos e, dessa forma, podem economizar e ter um melhor controle da casa.
E, afinal, o que consome mais energia: o ar condicionado, as máquinas, ou outros aparelhos de uso geral na indústria?
Se a ideia for saber quanto cada máquina ou ambiente da indústria consome de energia, basta instalar um gerenciador junto ao quadro de disjuntores. De fácil utilização e compreensão, o gerenciador de energia pode ser comandado com facilidade, e o consumo energético da indústria ou empresa será exibido 24 horas por dia.
Com o gerenciador de energia, o consumo de energia é apresentado no painel de cristal líquido do equipamento de três formas diferentes: modo instantâneo (consumo no exato momento da consulta, sendo atualizado a cada um minuto), opção acumulado (soma do consumo iniciado após a leitura pela empresa concessionária de energia elétrica até a data de consulta) ou como previsão para o mês (estimativa mensal baseada no consumo médio dos últimos dias).
Mas, afinal, será que o gerenciador de energia e a eficiência energética são a saída para as indústrias?
Olha… em relação a tudo o que falamos acima, fica claro que os projetos voltados para Eficiência Energética para Indústrias, bem como produtos como o gerenciador de energia, tendem a aumentar gradativamente no Brasil, sobretudo devido aos gastos crescentes com energia, que fica mais cara a cada dia que passa, ao mesmo tempo que representa grande parte do valor de custo de um produto.
Utilizar um projeto de Eficiência Energética para Indústrias é uma opção a qual pode oferecer um ótimo custo-benefício, otimizando os processos de sua indústria, como nos tópicos abordados acima, além de estabelecimentos ou, até mesmo, em residências.
É notório o grande contributo do setor industrial para o aumento do peso das renováveis no consumo final de energia, se bem que muito apoiado na grande alteração verificada nas origens da produção de eletricidade.
Em 2015, este contributo foi de quase 33%, superior ao indicador global correspondente que, de acordo com os dados publicados pela DGEG, se cifrou em 28,4%, já próximo do valor comprometido para 2020, que é de 31%.
Portanto, a intensidade energética da indústria medida em unidades de consumo de energia por unidade de VAB e o peso das renováveis nas formas de energia nela consumidas evoluiu consideravelmente e de modo positivo, qualquer que seja o período considerado.
Mas o contributo das indústrias transformadoras para o VAB das empresas mantém-se baixo, inferior a 25% do total e, também como reflexo da crise, o seu valor absoluto ainda não atingiu o que se verificou em 2005, a preços constantes.
Claramente, e apesar de alguns sinais de melhoria, tem de existir no futuro próximo maior atividade nas indústrias transformadora e extrativa, uma vez que estas são a fonte principal da produção de bens transacionáveis.
Haverá, certamente, potencial de crescimento nos setores industriais que, hoje, já estão a contribuir para a melhoria da balança comercial do País; as atividades industriais e de serviços que os novos rumos da industrialização estão a fazer nascer também irão requerer significativas necessidades energéticas.
Temos de nos preparar para condições de maior retoma da economia e, aí, os setores produtores dos referidos bens e serviços transacionáveis, onde se encontram várias indústrias com elevada intensidade energética, verão crescer a sua atividade, e os consumos de energia na indústria sofrerão grandes pressões no sentido do seu aumento.
Estamos juntos em prol do gerenciamento de energia!
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